CINCO DECISÕES PARA LIDERAR COM INTELIGÊNCIA

Em quase duzentas empresas foram selecionados gestores com resultados acima da média. Formação, conhecimento do negócio e do mercado, visão global e de longo prazo correspondiam a menos da metade dos fatores para a excelência do desempenho. Nos níveis mais altos da hierarquia, chegavam a menos de 20% dos fatores de sucesso. Quando os gerentes tinham alto nível de inteligência emocional suas divisões conseguiam superar as metas de ganhos anuais em mais de 20%. Aqueles que não a possuíam tinham indicadores de desempenho inferiores na mesma porcentagem. As inteligências são características com as quais as pessoas nascem e que lhes permitem tomar decisões frente a novas situações e operar conceitos abstratos. Emoções estão associadas a impulsos internos neurológicos e moldam respostas comportamentais.

Nascemos com algum tipo de inteligência que popularmente é chamada de talento; vou usar o termo para simplificar. Desde criança demonstramos que somos melhores em algumas atividades do que em outras. Não adianta o pai colocar o filho na escolinha de futebol para transformá-lo em um grande craque internacional. Como se diz: se ele não tiver “jeito para a coisa” poderá ser sucesso no time da escola, mas ficará por aí. Músicos, poetas, cientistas e administradores serão bons profissionais se estimulados adequadamente e, se seu talento for grande em uma destas áreas, poderão chegar à desempenhos excepcionais. Imagine um jogo de baralho: cada pessoa recebe algumas cartas para começar; podem ser boas ou más. Se más, poderá sair-se bem, caso possa superar as dificuldades. Se boas, e tiver oportunidade de aproveitá-las, seu desempenho será excepcional. Nascemos com inteligências – fatores genéticos e neurológicos – e podemos desenvolver nossas competências, através de estímulos socioeducativos.

Alguns talentos são responsáveis por mais de setenta por cento da eficácia do desempenho das chefias: perceber e compreender os estados emocionais de si mesmo e dos outros; regular, controlar e usar estas emoções para que seus objetivos sejam alcançados. Estas capacidades individuais somam-se às técnicas, específicas de cada formação, e às cognitivas, conhecimento e raciocínio lógico. São as emocionais que caracterizam o líder: trabalhar em equipe, liderar mudanças, ter iniciativa. Para ganhar este jogo é necessário desenvolver apenas duas competências: pessoal, ter domínio de si mesmo, e social, administrar os relacionamentos. Para tanto, basta decidir despertar-se, aprender e aplicar cinco habilidades para ter um desempenho excepcional na sua liderança:

1.       Conheça a si mesmo: invista um tempo para fazer um balanço das atividades exercidas no ano passado. Quais delas resultaram em benefício para sua carreira, qualidade de vida, aprendizado, amizades. Das que “deram certo” associe às emoções sentidas: tome a decisão de, neste ano, concentrar-se somente naquelas que lhe deram prazer, embora saibamos que, na dura realidade da vida, muitas vezes há obrigações a cumprir. Mas foque no seu talento. Quanto mais concentrar seu esforço no que lhe é prazeroso, melhor será seu desempenho.

2.      Tenha controle de si mesmo: quantas vezes você explodiu com um colega, mandou um e-mail grosseiro e depois se arrependeu, ferveu de ódio tendo de suportar consequências de sua agressividade ao preço de desorganizar sua harmonia interna e confundir ações posteriores. É errado e impossível tentar afogar ou ignorar as emoções, contudo decida dar um tempo antes de tomar decisões frente a conflitos com colegas, superiores ou familiares. Deixe o e-mail na pasta de rascunhos pelo menos até o dia seguinte antes de apertar a tecla send, dê uma volta antes de chamar alguém para dizer umas verdades e não ignore o valor de uma boa conversa com seu travesseiro antes de ir a uma reunião para virar a mesa.

3.       Não desista diante dos obstáculos: atletas sabem que existe um instante em que todo organismo pede para que desistam. Seu treino faz com que aproveitem este momento de renovação das energias que os impulsionarão à vitória. Tome a decisão de encarar cada obstáculo como um desafio a ser superado, perseguindo seu objetivo pelo gosto da conquista. Cada gol marcado é o maior estímulo para a busca de mais um.
4.       Ponha-se no lugar do próximo: chefes, subordinados, colegas e familiares não são máquinas racionais; assim como você, as atitudes deles são impulsionadas pelas emoções, inteligências e competências emocionais. Acostume-se a vê-los como pessoas inteiras, com sentimentos, desejos, conflitos, valores. Decida interagir com cada pessoa de modo adequado para enriquecer e aprofundar seu relacionamento interpessoal com ela. Talvez você não consiga “amar ao próximo como a si mesmo”, mas deve aplicar-se para “conhecer o próximo como a si mesmo”.

5.       Conheça pessoas e faça amizades: valorize sua rede de clientes, pessoas influentes e colegas de trabalho; não é novidade que ter networks é essencial para a empregabilidade e ser visível na empresa é o melhor caminho para ser lembrado nas promoções. Mas não é por esta razão que você decidirá agir desta forma; é para ter amigos, comungar valores, encontrar prazer em viver em sociedade. E não se esqueça: o chopinho semanal com a turma é sagrado!

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S    FONTE: Capítulo 3, Inteligência e competência emocional (pág. 25 a 32) do livvro de Mário Donadio CHEFIAR, SIMPLES ASSIM,!... Qualitymarlk 

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