É comum nas
empresas a afirmação – corretíssima! - de que “a gestão de pessoas é
responsabilidade dos chefes”. O que não
é comum é dar informação, treinamento, recursos e tempo para que ele execute bem
estas atribuições. Dependendo das boas práticas de gestão de recursos humanos,
você deve ter sido envolvido nas discussões para definir as competências
essenciais de sua empresa ou, pelo menos, das avaliações das competências
individuais suas e de sua equipe. O mesmo deve ter ocorrido para o alinhamento
da visão, missão, valores e outras declarações estratégicas. Conhecê-las é
imprescindível para que você execute bem algumas funções de gestão de pessoas,
como: selecionar bons profissionais;
alocar pessoas, segundo seus perfis, em tarefas adequadas; avaliar desempenhos
e estimar potenciais; reter talentos.
Seja qual for seu nível hierárquico, ou nomenclatura no organograma, o
chefe tem a função estratégica de gerenciar as competências, das essenciais às
individuais.
1 – Alinhe-se às estratégias empresariais.
Estude cuidadosamente as declarações estratégicas da empresa: visão, missão, valores, políticas, crenças,
diretrizes, políticas. Elas estão nos folhetos e quadrinhos esparramadas
pelas paredes. Não se preocupe com a terminologia, muitas vezes quem as
denominou leu os livros errados; o que importa é que elas expressam o
pensamento estratégico da empresa. Para que não sejam apenas frases bem
intencionadas, devem estar alinhadas com a prática da área que você chefia.
Reúna sua equipe, combinem e escrevam o que deverão fazer para que todos os objetivos, metas, iniciativas estejam
rigorosamente coerentes com as estratégias empresariais.
2 – Identifiquem as competências individuais. Não as confundam com descrição de cargo ou
funções. Concentrem-se nas habilidades e conhecimentos necessários para que os
objetivos, metas e iniciativas sejam eficazmente concretizados. Detenham-se com
carinho nas atitudes. Uma boa lista não
deve ter menos de cinco ou mais de dez competências descritas. Não caiam no
erro comum de descrever atributos do cargo ou descrição das tarefas.
3 – Avalie as competências atuais de seus
subordinados. Existem
excelentes instrumentos de assessment. As empresas costumam aplicá-los apenas
aos níveis gerenciais mais altos. Mas você pode caminhar por si mesmo. Faça uma
lista em ordem decrescente dos subordinados pelo critério histórico de melhor
desempenho. Para os do final da lista, responda a três perguntas. Não trate
destas avaliações agora, reserve para mais tarde:
·
Ele
sabe o que tem que ser feito?
·
Ele tem
habilidade ou experiência para fazer o que deve ser feito?
·
Ele tem
atitude, motivação ou vontade de fazer o que deve ser feito?
4 – Estime as possibilidades futuras de
desempenho. Os melhores
classificados em sua lista podem ter potencialidades a serem aproveitadas.
Responda com toda honestidade:
·
Seria
uma boa aposta investir para aumentar seus conhecimentos?
·
Seria
uma boa aposta investir para aumentar sua experiência e habilidades?
·
Ele estaria
disposto a investir nele mesmo e motivado a aproveitar esta oportunidade?
Veja se pode fazer
uma repescagem com aqueles do meio.
Cuidado com os preconceitos. Lembre que esta sua estimativa deverá ser refeita
a qualquer momento diante de novas observações.
5 – Remaneje posições e responsabilidades. Coloque as pessoas certas no lugar certo
segundo suas competências. Explique os critérios e assuma suas decisões. Faça
que saibam e acreditem que nada é imutável e haverá mudanças posteriores
dependendo da dinâmica dos processos empresariais e desempenho futuro.
6 – Defina estratégias de desenvolvimento. Baseado nas suas percepções – de novo,
cuidado com os preconceitos – combine com sua equipe os meios de superar os
desníveis de competência e desenvolver os potenciais. Articule-se com o pessoal
de recursos humanos, eles ficarão surpresos e felizes por encontrar alguém que
faça o que eles o tempo inteiro tentam conseguir das lideranças. Quem sabe
colocarão você na lista deles dos bons
potenciais.
7 – Enriqueça suas reuniões. As reuniões regulares de acompanhamento de
metas e correção de processos não podem deixar de avaliar também o cumprimento
das declarações estratégicas, tão importantes quanto os números das planilhas e
orçamentos. Aproveite a oportunidade, nestas ocasiões, para rever suas
observações e, eventualmente, rever decisões.
Saiba mais em: DONADIO, MÁRIO – Chefiar, simples assim!... Qualitymark. Capítulo Avaliar desempenho e estimar potencial –
Pág. 49 a 51.
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