SER OU NÃO SER CHEFE, EIS A QUESTÃO

Chega um momento na carreira em que a pessoa deve tomar uma decisão crucial. Esta palavra, do latim cruciale, tem sua origem em marcos, no formato de cruzes, colocados das encruzilhadas que apontavam direções diferentes para se chegar a algum lugar.  Na vida empresarial esta escolha está entre seguir uma carreira executiva ou continuar sendo um técnico cada vez mais qualificado.  As empresas procuram evitar que bons empregados se desmotivem, quando não demonstram potencial de liderança, criando a chamada carreira em Y. O que ocorre na verdade é que o braço técnico do Y é bem mais curto do que o braço executivo. Os técnicos acabam encalhados em Y, com promoções dentro dos limites da função.  Exceções são técnicos de competência extraordinária em suas especialidades. As áreas de recursos humanos inventam soluções criativas para mantê-los na empresa, por fora dos planos de carreiras e faixas salariais. 

Os cargos mais promissores, em termos salariais e desenvolvimento profissional, estão nas carreiras executivas. É natural a busca por postos de chefia, mesmo por pessoas que deveriam escolher outro caminho. Muitas empresas cometem o erro pior de, tentando recompensar bons profissionais – muitos deles ótimos –, os colocarem em posições de comando em que fatalmente serão infelizes e confundirão seus subordinados.

Algumas empresas, geralmente grandes burocracias, adotam métodos bizarros para escolher seus executivos. Não são mal intencionadas. Por razões que elas julgam corretas, definem critérios que pretendem evitar protecionismos, injustiças, reclamações trabalhistas, problemas sindicais ou recursos administrativos. Muitas vezes conseguem atender aqueles critérios, mas só por muita sorte selecionam bons chefes. A conseqüência é que, ao longo do tempo, os postos de comando estarão ocupados por pessoas com pouco compromisso com os resultados; sem fortes vínculos com os valores da empresa; centradas na manutenção das benesses do cargo; escravas das normas e inapetentes para liderar.

Mesmo neste caldo de cultura podem despontar talentos que batalham por inovações, querem fazer as coisas acontecer, enfrentam os preguiçosos e os aproveitadores do imobilismo. Eles não podem desanimar; têm um dos principais atributos dos chefes: vontade. Precisam apenas conhecer as melhores ferramentas para liderar, desenvolver habilidades para aplicá-las bem e, quem sabe, serem agentes das mudanças.


Trecho do capítulo “A vocação para liderar” do livro CHEFIAR, SIMPLES ASSIM!... (www.qualitymark.com.br); Página 5

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