NADA MAIS IMPORTANTE DO QUE O RH DAS EMPRESAS

Nos dias de hoje, nada é mais importante em uma empresa do que a Gestão de Recursos Humanos, nosso bom e velho RH. 

Os diretores e gerentes sêniores de RH, cavalheiros que circulam pelos corredores com ternos impecáveis e pastas cheias de relatórios, precisam acordar para sua função crítica e estratégica para o sucesso dos negócios mais além da literatura ligeira de autoajuda da moda.

Vivemos em um mundo em constante metamorfose, onde as empresas enfrentam desafios cada vez mais complexos para se manterem à tona diante das reviravoltas econômicas e sociais. Nesse cenário, a otimização de estratégias e processos é imperativa. Isso vai além do básico: mercado, tecnologia e dinheiro. As áreas de gestão de recursos humanos são cada vez mais cruciais para determinar o sucesso e a lucratividade de uma empresa.

O RH  é responsável por transformar os burocratas cumpridores de ordens em ativos estratégicos. Gary Becker, com seu livro "Investment in Human Capital", nos diz que investir em capital humano, como treinamento e educação, é a chave para aumentar a produtividade dos trabalhadores e, consequentemente, melhorar os lucros das empresas. As gigantes da tecnologia, como a Google, investem pesado nesse negócio, com suas famosas academias de aprendizado.

A cultura organizacional é mantra nas palestras dos congressos, mas os nossos amigos do RH tendem a limitá-la aos cartazes motivacionais nas paredes dos elevadores. Entretanto, há anos Edgar Schein já dizia tudo em seu livro "Organizational Culture and Leadership". O RH tem a responsabilidade de transformar o comportamento dos funcionários. A cultura de uma empresa afeta diretamente os lucros e a eficácia. A Apple é exemplo, com sua cultura inovadora que estimula a criatividade e a busca incessante por soluções únicas.

Ninguém ignora que a motivação dos colaboradores determina se uma empresa vai lucrar, ganhar mercado ou ir à falência. Porém o que motiva, por que motiva e como motivar parece um mistério. As pesquisas de clima requentam Maslow, entretanto há coisas melhores. Por exemplo A Teoria da Autodeterminação, criada por Deci e Ryan em "Intrinsic Motivation and Self-Determination in Human Behavior". Satisfazer as necessidades psicológicas básicas dos trabalhadores, como autonomia e competência, é a fórmula mágica para melhorar o desempenho e, claro, os resultados financeiros das empresas. Empresas como Nissan e Fedex, conhecidas por suas culturas de inovação e funcionários satisfeitos, são exemplos.

No mundo dos negócios em constante mutação, o RH se tornará cada vez mais a estrela do show. É desta função desenvolver a qualidade técnica e comportamental dos funcionários para que sejam de fato um ativo estratégico que não pode ser ignorado. Os técnicos, analistas e gestores devem, eles mesmos, se perguntarem se não está na hora de prestarem mais atenção nas suas próprias habilidades e desenvolverem sua área para que tenham uma cultura funcional que promova a inovação e a motivação.


Saiba mais:

Becker, G. S. (1964). Investment in Human Capital: A Theoretical Analysis. Columbia University Press.

Schein, E. H. (1985). Organizational Culture and Leadership. Jossey-Bass.

Deci, E. L., & Ryan, R. M. (1985). Intrinsic Motivation and Self-Determination in Human Behavior. Plenum Press.

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5 comentários:

  1. É isso mesmo. Muito, muito, muito mais do que folha de pagamento e plano de saúde. Esse tal de humano é complexo mas imprescindível. Cada vez mais. Obrigado Mario.

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  2. Eu sempre tive a sensação que atitudes colaborativas nas empresas, são contraditórias com a predisposição natural pelo egocentrismo humano. Acho que resolver essa dicotomia é o maior desafio do RH.

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    1. Segundo o chatGpt, sim é possível conciliar o individualismo com a colaboração em um ambiente de trabalho, desde que haja uma cultura de comunicação aberta, reconhecimento das habilidades individuais e objetivos claros estabelecidos para a equipe. Com a abordagem certa, as pessoas podem trabalhar juntas de forma eficaz, mesmo que tenham tendências individualistas.






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    2. Então acho que esse seria o papel de um RH competente.

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  3. Perfeitamente de acordo. Obrigado pelo comentário

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